Chá Verde: uma erva milenar.

Quem é e o que faz o Chá Verde?

A Camellia sinensis, popularmente conhecida como chá-verde, chá-preto ou “green tea“, é nativa do sudeste asiático e cultivada atualmente em mais de trinta países. Hoje em dia tem sido utilizada em dietas alimentares sob a forma de chás, extratos secos e líquidos, e seus componentes químicos majoritários, os polifenóis (principalmente flavonóides e catequinas), apresentam uma extensa série de atividades biológicas, dentre elas: antioxidante, anti-inflamatória, anticarcinogênica, lipolítica, dentre outras.

Mas não se engane, esta mesma espécie dá origem a milhares de chás diferentes de acordo com as condições de cultivo, coleta, preparo e acondicionamento das folhas. No entanto, todos esses produtos podem ser divididos em quatro categorias principais:
– Chá branco (não fermentado, produzido das mais tenras folhas, mais raro);
– Chá verde (levemente fermentado);
– Chá vermelho ou oolong (com fermentação mediana, basicamente ficando entre o chá verde e o preto, mas com características degustativas geralmente mais próximas do chá verde);
– E chá preto (bem fermentado, e forte).

Além de conter manganês, potássio, ácido fólico e as vitaminas B1, B2, C e K, ele ajuda a prevenir doenças cardíacas e circulatórias por conter boa dose de taninos: o consumo diário desse chá diminui as taxas do colesterol-LDL (chamado de maléfico) e fortalece as artérias e veias. Mas as boas notícias não acabam aí: está comprovado que o chá verde acelera o metabolismo e ajuda a queimar gordura corporal.

Vale a pena lembrar que seu extrato ainda pode ser incorporado em formulações farmacêuticas de uso tópico, como géis, loções, cremes e outros. Seus compostos apresentam diversas atividades benéficas para a pele, como combate ao envelhecimento cutâneo e à gordura localizada, por possuir ação antioxidante, anti-radicais livres e lipolítica, três das mais populares atividades desta planta na área de Cosmeotologia e Estética.

Dicas para utilização do Chá Verde: 

  • Uso oral: podendo ser consumido na forma de chá ou em cápsulas contendo seu extrato, ele é indicado principalmente como auxiliar na perda de peso, na diminuição do colesterol e como antioxidante.
  • Uso tópico: rico em polifenóis e dotado de diversas atividades, seu extrato pode ser incorporado em cremes, géis, loções, seruns, xampús e condicionadores, desempenhando ação antioxidante e anti-radicais livres, portanto, combatendo o envelhecimento e o estresse celular. Também cabe destacar sua ação lipolítica, combatendo a gordura localizada.

Estudos científicos

Esta espécie tem sido estudada por farmacólogos e bioquímicos por outras propriedades que este possui, como combate a hipertensão, controle de infecções por bactérias ou vírus e no tratamento úlcera gástrica. Diversos estudos científicos comprovam a maioria das atividades atribuídas à Camellia sinensis.

Um dos estudos foi realizado na Suíça com três grupos de pessoas que seguiram a mesma dieta. O resultado: o grupo que recebeu chá verde teve aumento de 4% na velocidade de combustão das calorias no organismo e de 5% na queima de calorias em relação aos outros dois grupos pesquisados. Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, demonstrou que extrato de chá verde – que possui altas concentrações de antioxidantes como catequina, polifenóis e muitos outros compostos incluindo cafeína – pode aumentar a utilização de energia muito acima dos efeitos da cafeína pura.

É notória, porém, a falta de padronização quanto à forma de utilização e padronização de seus extratos nos estudos, o que dificulta a comparação entre resultados científicos e a utilização e tratamento com esta planta. Quando utilizar produtos para a saúde, busque sempre uma farmácia de sua confiança e consulte seu médico e seu farmacêutico.

Referência Bibliográficas
1 – SÁ, R.S. et all. Os efeitos dos polifenóis: catequinas e flavonóides da Camellia sinensis no envelhecimento cutâneo e no metabolismo dos lipídeos.
2 – HENNING, S.M. et all. Bioavailability and antioxidant activity of tea flavanols after consumption of green tea, black tea, or a green tea extract supplement. American Journal of Clinical Nutrition. v.80, n. 6, p.1558-1564, dez. 2004.
3 – LAMARÃO, R.C. et all. Aspectos funcionais das catequinas do chá verde no metabolismo celular e sua relação com a redução da gordura corporal. Rev. Nutr. vol.22 no.2 Campinas Mar./Apr. 2009.
4 – CAVALCANTI, A.S.S. et all. O uso do chá verde, Camellia sinensis L. em produtos tópicos – uma revisão. Natureza on line 5(2): 76-84.